Três

segunda-feira, 23 de junho de 2008
Artesanato de Antonio de Castro

Com o tempo estou respondendo a todos os memes que me mandaram. Esse aí é mais um do blog Caçador de mim.

Três medos

Ficar mais velho, mas daqueles velhos com pele enrugada e cabeça branca. Nada contra aos velhos, mas é que eu sempre me imaginei velho e não consigo aceitar o fato envelhecer. Pode parecer vaidade boba falar isso assim, ainda mais sendo meu primeiro medo, mas é a mais pura verdade, tenho medo de envelhecer.

Passei minha infância inteira enfrentando o preconceito não só do homossexualismo, mas também da obesidade. Me determinado momento decidi lutar contra isso da maneira mais normal possível, emagrecendo. Fechei a boca por um bom tempo, cortei tudo, fiquei até um pouco doente tamanha era minha ansiedade por emagrecer. Desmaiei sem comer, mas cheguei ao corpo que desejava aos 12 anos de idade. Hoje eu já não faço mais dieta e, por isso, um dos meu medos é engordar novamente. Sem mais.

Não encontrar alguém com quem viver uma amor para sempre ou que seja por algum tempo. Negativo do jeito que sou, esse sempre foi e ainda é meu maior medo. Até os 17 anos achava que iria morrer sozinho, que nunca encontraria um cara legal que fosse homossexual e se interessasse por mim, seriam muitas variáveis para uma pessoa só. Quando encontrei, percebi que mudo de opinião muito rápido e meu medo agora é demorar um século para encontrar alguém com quem possa matar minha carência e depois demorar alguns meses para essa carência morrer junto com o interesse.

Três alegrias

Ter passado para o vestibular. Acho que nunca um sentimento vai ser tão intenso quanto aquele, talvez o de quando eu me formar na faculdade. Ver seu nome naquela listagem dos classificados, mesmo que na tela do seu computador é inacreditável. Dá vontade de pular de gritar, mas só que eu consegui foi chorar. Chorei e minha mãe me abraçando. Foi uma alegria só.

Ganhar o primeiro salário. Lembro de quando recebi meu primeiro salário, da sensação de poder ao ver minha conta, no meu nome (o que já era atípico) com aquela quantidade de dinheiro, que convenhamos era bem pouca. Mas talvez tenha sido meu salário mais bem gasto. Um tênis que queria há um tempo deixou de ser desejo e passou para o meu pé.

Sair toda sexta-feira depois da faculdade. Tem sido maravilhoso isso. Poder ir para um barzinho ficar comendo coisas gostosas, rir e beber uma Smirnoff ou cerveja com os amigos de lá. Eu trabalho a semana inteira, às vezes até dia de sábado. Mereço sair ara curtir a vida um pouquinho né? É bom saber que tenho conseguido fazer isso.

Três objetivos

Me formar, sem mais.

Comprar um carro. Não agüento mais andar de metrô, de verdade. Não sei se já comentei isso aqui, devo ter falado algo a respeito, pois é um dos meus assuntos preferidos quando tenho que reclamar. O metrô aqui no Rio de Janeiro vive cheio. Quando eu vou trabalhar de manhã, o metrô está cheio. Quando eu vou para a faculdade de noite o metrô está cheio. Quando eu volto da faculdade tarde da noite, o metrô TAMBÉM está cheio. Eu não consigo mais suportar.

Compara um apartamento ou até alugar. Minha mãe fica gelada só de imaginar eu alugando um apartamento. Ela tem pavor de aluguel. Eu também, por que pagar todo mês por uma coisa que nunca vai ser sua? Mas eu não agüento mais morar com a minha mãe e minha irmã. Eu as amo muito, de verdade, mas morar com ela tem se tornado uma tarefa difícil. Cada vez mais.

Três obsessões

Pensar em me formar, faltam 59 disciplinas.

Ouvir música. O dia inteiro se deixar. Adoro ouvir música, falar de música, conhecer música. Adoro conversar com alguém sobre algum cantor desconhecido e saber quem é o dito cujo. Esses dias mesmo, estávamos conversando e tacaram no nome do Celso Fonseca. Sei que ele nem é tão desconhecido, mas ninguém que estava na conversa sabia quem era ele. Adorei. Talvez aquele tenha sido o único momento do dia em que tive uma conversa. O resto do dia estava com o fone no ouvido. Ouvindo música.

Canetas. Sou um colecionador nato de canetas, de todas as marcas, tamanhos e estilos. Minhas preferidas. Uma BIC verde, super retrô; uma caneta que ganhei de aniversário de quinze anos com corpo de metal fundido e estilização em madeira de pau-brasil, linda; a caneta que vendem no trêm, demorei um pouco para conseguir comprar porque quase não ando de trêm mas sempre achei ela muito legal, é uma curiosidade daqui do Rio, uma caneta de apenas R$ 1,50 que mede mais ou menos 6cm e ainda tem dentro dela numa engenhoca interessante um calendário 2008 e um 2009 (adoro).

Três fatos surpreendentes

Adoro ver meus pais separados, um dia prometo que entro em detalhes sobre isso, mas coloquei aqui porque acho isso surpreendente, quase todos os filhos ficam tristes quando os pais se separam.

Talvez troque de time a essa altura do campeonato e quando digo campeonato nem estou falando no sentido real da palavra, é a expressão mesmo. Com 18 anos descobri que gosto mais do tricolor Fluminense do que do Rubro-negro Flamengo e estou cogitando a idéia de mudar de time e virar a casaca.

Odeio mudar de perfume. Estou vivendo com essa realidade esses dias e por isso esse assunto tem se repetido nos meus últimos posts. Troquei de perfume pela quarta vez em dois anos e estou agora passando por esse momento chato de ter que criar novamente a identidade do perfume com você. É bem chato e achei que fosse um fato surpreendente porque eu sou tão volúvel, não deveria ligar para essa mudança tão boba, mas ligo.

Repasso o post para:
Do Armário
Abacate Azul
Pensamentos Soltos
Do Sétimo Andar
Mundo Efêmero

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