Chat

segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Artesanato de Antonio de Castro

Acabei de chegar da faculdade. Hoje teria uma aula de laboratório que não aconteceu. E o pior é que eu desmarquei um encontro justamente por causa daquela aula idiota.

O encontro?

Sim, acabei entrando no bate papo da UOL mais uma vez para tentar a sorte. E hoje encontrei um garoto que pareceu super legal. Ele é mais novo que eu, eu sei, inesperado, mas por que não dar uma chance.

Conversamos bastante. Ele também não parece um dos loucos daquele chat atrás de sexo se compromisso nem acha que as coisas são muito fáceis. Gostei disso nele. Marcamos de nos encontrar perto da casa dele. só para variar, no Mc Donald’s, meu passatempo favorito nos últimos tempos.

Só o que faltava para confirmar o tal encontro era saber se eu teria ou não aula. Acabou que me disseram que teria e eu tive de ligar desmarcando. Mas seria legal encontrar ele. Seria um encontro despretensioso, sabe? Sem pressões. Não teríamos de nos dar bem, nem transar, nem nada do tipo que é tão típico no chat da UOL.

A conversa dele na internet era legal. Mas eu acho que lá até a minha é. E vocês não saibam talvez, mas eu tenho o papo muito chato pessoalmente. Não é a toa que aquele católico nunca mas atendeu meus telefonemas. Mas parece que isso faz tanto tempo...

Agora esse menino. Ele ainda não acabou o colégio, não fez vestibular, não trabalha. Eu sei, são muitas coisas diferentes de mim. Mas por que não conhecê-lo. Se não der certo como algo a mais, pode dar como amigo. E ele não tem as mãos!

Sim, me assustei quando ele disse. Até duvidei dele. fiquei morrendo de vergonha depois. E isso não importa, né? É só uma diferença. Afinal de contas ele viveu assim a vida toda. E ainda consegue entrar em bate papo de internet e digitar normalmente. Melhor que eu que tenho as minhas duas mãos. Ele errava bem menos do que eu.

Ainda quero encontrá-lo.

Mesmo tendo encontrado o menino que me beijou na rua hoje no que deveria ser minha aula de laboratório. Ele simplesmente estava lá na ocupação. Junto com todos os malucos da ocupação. Passei por ele sem querer quando fui beber água no andar da Reitoria e não cumprimentei.

Talvez tenha sido minha atitude mais infantil até hoje. Mas senti que devia fazer aquilo. Ignorá-lo completamente, sabendo que ele queria conversar comigo e que ele falava de mim para as meninas que estavam com ele. Mas fiz a coisa certa.


Ouvindo: Serious - Duffy

4 críticas:

Nadezhda disse...

Eu tenhho atitudes assim, que julgo infantis, mas depois de um tempo nem ligo mais. (Em alguns casos é até melhor).

;)

Luiz Modesto disse...

Esses acasos tumultuam o meio-de-campo do dia, não acha?
Por um acaso vc não teve aula e que, por outro, pensava ter e desmarcou um encontro com alguém que te pareceu interessante.
Algumas pessoas me encantam num primeiro contato, o virtual, que seja, mas não troco o olho-no-olho de forma alguma...
Grande abraço.

Leo disse...

Caramba, ele não tem as mãos? Gente... isso me abala um pouco...
A gente não tinha combinado que não ía mais entrar no chat da uol?!
tsc tsc tsc!
Olha eu acho seu papo muito bom, viu? Não te conheço pessoalmente, mas qualquer um que sustenta uma conversa como você, deve ser uma pessoa muito agradável pessoalmente!
bjs

Anônimo disse...

É FODA ISSO

:((((

BEIJOSSSSSSSSS

HAIRYBEARS
http://hairybears.blogspot.com/