Quinze dias

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Artesanato de Antonio de Castro

Final de semana passado foi atribulado. Decidi sair na sexta-feira, no sábado e ir ao cinema no domingo. O plano estava traçado, só faltava saber se eu teria força para cumprir as promessas.

Como estratégia pra não amarelar, combinei um programa com um grupo diferente. Sexta-feira seria com uns amigos do trabalho. Finalmente conhecer a Casa Rosa, um lugar no bairro das Laranjeiras que prometia música brasileira e cerveja liberada.

Não que eu seja um grande fã de cerveja, mas as companhias valiam a pena e era despedia de um dos amigos. Justo o amigo que não apareceu. Ficamos bebendo lá enquanto serviam a cerveja. Quando acabou fomos para a Lapa, mas eu já estava muito estressado.

De repente comecei a me imaginar em uma boate gay, e como eu estaria mais feliz num lugar desses, onde eu poderia ser eu mesmo. Olhar os rapazes e sentir ser olhado, beber para dar mole para todo mundo... Desisti de beber. E quando isso acontece a graça diminui um pouco para mim.

Mas estava pensando no dia seguinte, quando eu teria de ir trabalhar durante o dia e ainda sair à noite, com o pessoal da época de escola e uma amiga do trabalho. O grupo da escola furou. Todos. Não sobrou um para ir comigo. O que me restou foi essa amiga.

Uma que, há um tempo atrás, quase se transformou numa paixãozinha minha. Uma que eu sempre fiz questão de que não se tornasse amiga de verdade para não acabarem as minhas chances de ser mais que isso. Ela não é do tipo que desperta em mim sentimentos profundos. Não. Mas eu gostaria de ficar com ela.

Era a chance perfeita. Bebida boa, música legal e eu e ela... Mas ela fiou com outro garoto, na minha frente. A minha noite não acabou por causa daquilo, mas confesso que fiquei um pouco estressado. Mas já era sábado e não me restava mais senão beber.

Dá-lhe tequila e, já de manhã, quando eu voltava para casa, só o que consegui pensar foi no poema do post anterior. Saiu de mim assim e quando eu vi pedia um post aqui no blog.

Domingo eu fui ao cinema com a minha mãe. Vimos Marley e Eu. Eu não li o livro e não sou fã de filmes de cachorro... muito pelo contrário. Mas minha mãe queria ver a “Rachel”, sem lembrar que a “Rachel” agora usava botox e tinha rugas no canto da boca.

Gostei do filme e acabei tentado a me rebaixar a cultura pop e filmes de cachorro. Chorei no cinema, apesar do tema previsível. Mas vale a pena se você já teve um cachorro ou tem um há muito tempo. É lindo.


Enfim... a semana começou, prova de cálculo. Até que não foi tão ruim. Consegui fazer as questões e tive dúvidas, o que é um sinal... sinal de que eu entendo alguma coisa agora.

Hoje meu amigo hetero me ligou, para a gente voltar de metrô juntos. E eu estava com saudades dele mesmo já. Há alguns dias vinha pensando em ligar para ele e acabava esquecendo. Não adianta, basta eu olhar para ele que eu derreto.

E eu já até me esqueci que 2009 começou há quinze dias.



Ouvindo: Northern Downpour – Panic! At The Disco

8 críticas:

Theo disse...

O dia q vc voltar a BH, tá prometido q iremos a uma boate gay! Mesmo q a gt tenha q quebrar a porta e entrar! hehe

Abço ^^

Râzi disse...

Ahauahauahauhauahauh!

Gente, se emocionar com filme é se rebaixar???Fala isso não!

Qualquer coisa que nos emocione é merecedor de ser assistido!!!

Bom, esse seu amigo hétero, hein!
^^

Beijão!"

Leo disse...

Vc esqueceu de contar da hora que vc me acordou 4hs da manhã! :/
Brincadeira!
pode ligar, viu?

Tomando toco de mulher! hahahahaha
Bem feito! Isso é que dá ficar se interessando por pussy! hehe

Vê se aparece!

abs

Nadezhda disse...

Eu não gosto de filmes com cachorros que falam! Mas esse não é o caso.

Meu ano só começa de verdade quando voltam as aulas.

;)

Raphinha disse...

"não é do tipo que desperta em mim sentimentos profundos. Não. Mas eu gostaria de ficar com ela."

Acho que entendi perfeitamente isso.Se o filme te fez chorar entaoe u vou assistir.
:)

Ainda não tinha te linkado então tomei a liberdade de fazê-lo hj.

Abraços e cuide-se.

FOXX disse...

como assim? querendo ficar com uma menina?

Rafaela Abreu disse...

o ano começou... e que comece mais ainda para vocÊ!
com força...

Abraço!

Hernan Fernandez disse...

Já me apaixonei por hetero e vou te dizer que não foi nada fácil, mas a vida segue.
O hetero é o perfil de homem que almejamos, masculo, que nos dê atenção e que seria maravilhoso que nos amasse.
Infelizmente a realidade é outra e quando caímos na real é doloroso. Só que supera.
Abraços!