Carnaval

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Artesanato de Antonio de Castro

Hoje eu vou tomar um porre,
Não me socorre
Que eu tô feliz...


O carnaval começa com o Cordão do Bola Preta, conhecido pela multidão nem sempre atraente, mas ainda assim muito animada. Pessoas humildes que estão lá reunidas, amontoadas, espremidas para curtir a primeira manhã do melhor carnaval de suas vidas.

Foi o reencontro depois do encontro de sexta-feira 13. E foi ótimo reencontrá-lo e os seus amigos. Ficamos meia hora no bloco e depois desaparecemos. Nos enfiamos na Rua do Ouvidor e andamos até não saber onde nós estávamos. Milhares de pessoas de rua, milhares de becos.

Era hora de se despedir. Ele ia para Botafogo. Eu para Ipanema. A Banda passou e me arrebatou. Foram horas atrás do bloco, rindo com as pessoas, das pessoas, soando a base de cerveja com Red Bull.

Depois a Farme de Amoedo e o reencontro com ele. Aquilo lá é o inferno. Literalmente. Milhões de homens ficando com homens, mulheres ficando com mulheres. E a madrugada se aprofundava.

Eu dormi sozinho. Na paz da minha casa, para acordar no dia seguinte e seguir para mais um dia em Ipanema. Que merda é essa? Foi maravilhoso. O samba me embalou, as pessoas brincaram comigo e pelo segundo ano na minha vida, tudo era motivo de piada no Que merda é essa? Definitivamente o bloco mais animado.

Corri para o Simpatia. O saldo de lá foi emoção ao ouvir o Hino Nacional, algumas doses de Vodka com Red Bull, dois meninos me olhando da Praça General Osório até o fim do bloco e um telefone a mais na minha agenda.

Segunda-feira foi o dia da procura pelo que fazer. Fui para o Largo do Machado, depois para as Laranjeiras, para Copacabana... cheguei em Botafogo. Reencontrei meu namoradinho de carnaval, no bairro onde ele esta hospedado. Milhares de pessoas bonitas, eu definitivamente era o mais feio daquele lugar.

E nem por isso eu fiquei menos atraente. Eu pulava, cantava, me escangalhava ao som da bateria discreta do Bloco de Segunda. Eu me dividia entre meus amigos, os gringos que conheci, as capixabas que me deram e-mails e o meu catarinense.

As capixabas foram um episódio a parte. Uma delas falando sobre o carnaval reclamou que aqui no Rio tinha muito heterossexual... ela era bissexual e disse que eu era a cara do bissexual. Eu, acompanhado por meus amigos heteros, fui obrigado a falar da maneira mais descontraída possível que não era bissexual. Ela me deu um conselho: “Experimente, você vai gostar!”

Corta o cabelo dele, uhu!
Corta o cabelo dele uhu!
Corta o cabelo dele uhu!
Corta o cabelo dele...


Hoje pela manhã me despedi dele, quase que definitivamente. Porque o carnaval dele no Rio tinha acabado. Ele iria para Cabo Frio, encontrar uns amigos da época de escola que passavam os dias aqui. Depois ele seguia para Floripa, depois de volta ao Rio (para o Monobloco) e aí meu conto de fadas acabava e eu voltava a ser a velha abóbora que sou o resto do ano.

Mas foi um lindo conto de fadas. Com direito a trilha sonora, beijo público, álcool... muito álcool e quarto de hotel.

4 críticas:

Raphinha disse...

Como assim a velha abóbora?
Nada disso, o conto de fadas nãoa caba aí.Não o livro, mas o capítulo. Logo virá um novo e cheio de energia como esse.

Grande abraço.

Leo disse...

UHUUUU
Shuw!
Mas todo carnaval tem seu fim...
Cara, tô bobo! Você sabe que era pra eu estar no bloco de segunda? Todos os meus amigos estavam! E eu estava a caminho, quando descobri que tinha esquecido os ingressos da sapucaí em casa! Eu nem ía mais voltar pra casa, mas tive que vir buscar... acabou que nao voltei mais pro bloco!
hahaha
destino? ;(

FOXX disse...

telefone?
vc não me contou essa!

Paul disse...

Ai, ai... carnaval chegou ao fim e com ele tudo vira apenas lembrança...
mas confesso q essa vida desregrada me cansa um pouco!