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sexta-feira, 17 de abril de 2009
Artesanato de Antonio de Castro

O dia ontem foi longo. Com altos e baixos. E tem tempos que meu dia não é tão atribulado.

Na quarta eu finalmente conseguira uma vaga na última disciplina que faltava para eu fechar meu horário de 2009/1, Cálculo 2. A turma era de um horário pela manhã. Mas já estava tudo acordado com minha chefe nova, pelo telefone, sobre eu chegar atrasado dois dias e sair mais tarde nesses dois dias para compensar.

Fim de história.

Ontem me acordaram cedo com um telefonema, do CETEM, onde vou trabalhar agora. Pediam para ir lá ontem mesmo, pois tinha dado um problema com meu formulário, eles precisavam que eu fosse lá para assinar outro e enviar ontem mesmo.

Eu fui. Chegando lá, dei de cara com uma outra chefe minha e perguntei sobre a outra e sobre o problema que eu tinha comentado com a ela pelo telefone. A outra chefe, a da conversa pelo telefone, estava de licença e não tinha comentado nada. Aquela agora, com cara de bruxa, que ia “tentar” resolver meu problema.

Assinei os papéis e esperei pela resposta da chefe com cara de bruxa. Um sonoro NÃO. Eu não poderia ser uma exceção. O horário era pré-determinado e ponto final.

A vaga que eu tanto lutara, por mais de duas semanas, que eu tinha conseguido na quarta-feira teria de ser abandonada. Coisas da vida. Mas eu não desistiria, ainda tinha a possibilidade de abrirem vaga à noite na turma de 50 vagas oferecidas com 102 preenchidas, sendo que eu não era nenhum dos 102.

Fiquei nervoso e fui para o shopping. Sale. Comprei mais 300 reais em roupa, um dia depois de ter abusado 700 reais em uma loja. Ao invés de sair mais calmo do passeio saí com a sensação de que eu recebera minha rescisão e não fizera nada que prestasse com ela.

Fui para faculdade, tentei mais uma vez a vaga na tal turma superlotada. Falta de vaga. Estava esgotado. Depois de duas semanas tentando uma vaga numa disciplina que você sequer gosta, é assim que você deve se sentir.

Fui para o prédio da Matemática, encontrei a responsável, que vem me negando vaga durantes essas duas semanas e perguntei se ela abriria vaga. A resposta foi um “Vou!” que eu não esperava. Bastava a secretaria da Química ligar solicitando.

Corri de volta parar o prédio da Química, implorei para que ligasse. Quando fui informado que tinham acabado de ligar, para um aluno lá dentro e que ele conseguira a vaga.

Um ódio me subiu pela espinha, eu gritei, ofendi, ameacei... tudo por causa de uma vaga em Cálculo 2. A pessoa (eu) ficou irreconhecível tamanho o transtorno da discussão. No fim eu consegui a vaga, porque gritei. Abriram a minha também. A turma agora tem 104 vagas preenchidas e eu vou fazer Cálculo 2, com a rescisão acabando, meio desempregado.

Mas tava bem.

Depois fui encontrar uma amigas do trabalho. Conversar sobre minha demissão. Elas já tinham saído. Era matar as saudades e beber um chopinho, mas tudo bem tranqüilo, porque eu ainda tinha que ir para a aula de Cálculo 2, na qual finalmente estava inscrito. (eeeeeeeeeee)

E quando estava saindo da faculdade, feliz por ter feito as compras, feliz por ter conseguido vaga em Cálculo 2, feliz pela minha demissão, pelo reencontro com minhas amigas... Eis que encontro o dito cujo. O que estudou comigo no segundo grau, o que noivou com outra enquanto fazia promessas para mim, o que eu não me canso de aceitar quando volta.

Foi tudo muito rápido, eu estava saindo da faculdade e indo para os barzinhos da frente da UERJ, ele tava saindo atrás de mim. Me gritou e eu na hora, nem lembrei do meu apelido de escola. E quando eu vi, ele já estava me abraçando, na rampa cheia de pessoas.

Senti seu perfume naqueles dois segundos, vi que ele tinha cortado o cabelo raspado, que usava um furo em cada orelha (novidade). Ele me perguntou, sem me tirar do abraço que horas eu sairia, que queria me ver. Eu menti o horário.

Depois cheguei em casa, sem entender porque tinha mentido. Sentindo o perfume dele. minha irmã tinha comprado no mesmo dia um igual e não cansava de exalar ele pela casa.

Eu estava sendo torturado, como sempre, por mim mesmo.

Ouvindo: Let’s Do The Things We Normally Do – Dido

4 críticas:

Luis disse...

Gente pára tu-do.

Vc citou o CETEM, mas falou na Uerj, então presumo que ela tenha um... pq seria muita coincidencia mesmo se vc trabalhasse no CETEM da UFRJ... do lado onde eu estudo, a Reitoria...

Nossa, me animei... me add no msn: cronicamasculina@hotmail.com

Ah, vlw pelo comentario. mas ja percebi que sempre que vc comenta eu fico curioso... quem foi o outro que citou a mesma musica que eu?

abraços...!

Arsênico disse...

Nossa... que vida turbulenta quiridjo?.... e gastar 700 r$ num dia e 300 no outro... é querer tombar com a minha cara mesno néah beesha?...

hahaha...

***

du disse...

.tem dias que vivemos na velocidade máxima e não há controle para diminuir o ritmo. vamos do ponto mais alto para o mais baixo. feliz. triste. calmo. furioso. e confesso que prefiro viver nesse estilo...

.abraço.

Nadezhda disse...

"Eu estava sendo torturado, como sempre, por mim mesmo."

A gente sabe, mas não para.

;)