Repouso

domingo, 30 de março de 2008
Artesanato de Antonio de Castro

Há algum tempo sumido do blog por questões físicas de impedimento. Uma doença me abateu na sexta-feira, justo o dia que eu tinha tirado para atualizar a página. Enfim, a dor de cabeça era maior que a vontade de escrever então eu preferi dormir, longamente.

A manhã de sábado pareceu nem existir tamanho meu sono. O sono era tanto que dormi até as 13:00h. A dor de cabeça não existia mais, pensei que todo aquele sono era só reflexo da faculdade. Três semanas completas e só nessa última que passara pude perceber como será o ritmo. Aulas complicadas e começo a entender cálculo. Sinal de que vou começar a raciocinar.

Confesso que raciocinar cansa um pouco minha mente, mas prefiro saber que não entendi tudo sobre determinado assunto do que ter certeza de que não fui capaz de entender nada. Nada ao ponto de não poder discutir sobre tal.

Estudei um pouco de cálculo no sábado à tarde. Me cansei de tanto raciocinar e voltei a dormir. Dormi mais umas seis horas e comecei a sentir o corpo doído, a cabeça pesada, tal como os olhos, a pele quente.

39°C de temperatura, uma dor de cabeça sem fim e uma espera que parecia nunca acabar pelo remédio encomendado na farmácia da esquina. Esse foi o saldo do meu sábado à noite.

Minha mãe preocupada, isso era o melhor. Um bom leonino nunca perde a oportunidade de ser o centro das atenções. Sempre preocupada, perguntando o que eu sentia, se estava passando e tudo mais, desfilando diversas teorias sobre o que poderia ser.

Dengue.

O vírus do verão/outono carioca. Parece que o carioca nunca aprende. Há quatro anos, quando houve aquela epidemia e milhares de pessoas morreram, o governo se preocupou e desenvolveu diversas maneiras de combater a proliferação da larva dói mosquito e por conseguinte a doença.

Um ano se passou e pareceu que as campanhas de conscientização de “não deixe água parada” surtiram efeitos, já que o número de casos fora bem menor e o número de mortes no estado também.

Nos dois anos que se passaram houve quem dissesse que o vírus da dengue havia sido erradicado de vez do estado e eu confesso que era uma dessas pessoas ignorantes quanto ao assunto.

Dia 14 de março meu amigo hetero apareceu com sintomas da doença. Faltou por uma semana, assim como uma outra colega do trabalho. Hoje sou eu, que posso estar sofrendo com o vírus.

Estou me cuidando. Tomando os remédios de seis em seis horas, me hidratando com soro caseiro, repousando devidamente, tomando vitamina C para me fortalecer. E venho aqui e agora pedir aos poucos que lêem meu blog que se conscientizem também e não deixem água parada.

Essa pode ser uma realidade atual do Rio de Janeiro, mas se não forem todas as pessoas de todos os estados se protegerem e se prevenirem contra o vírus e contra a falta de memória dos casos passados, nos anos passados, as mortes passadas... Se não for isso vamos viver mais uma vez a epidemia que foi há alguns anos atrás.

Hoje já foi um dia estranho. Acordei melhor da doença. O corpo com menos dores, a cabeça mais leve, soei bastante durante a noite, talvez o suficiente para expulsar um pouco o vírus, mas com toda a certeza o suficiente para abaixar minha febre.

Agora me vem à cabeça a menina, minha vizinha, que cresceu comigo e teve momentos engraçados. A mesma que encontrei na quinta-feira passada na esquina de sua rua, ao chegar da faculdade, com quem ri mais uma vez por alguns minutos. Agora me vem à cabeça ela e peço a Deus que leve ela por um caminho tranqüilo, que a deixe entre os anjos porque era isso que ela era quando morreu na madrugada de ontem, sábado para domingo, três dias depois de começar a demonstrar sintomas do vírus da dengue.

Peço a Deus que, como a ela, leve tantos outros que já morreram por causa dessa doença, caso da falta de maturidade do povo, que deixa água se acumular, que deixa seus vizinhos morrerem e não são capazes nem mesmo de jogar fora aquele pratinho de água debaixo da planta fora.

Peço a Deus que abençoe essas almas e dê forças aqueles que estão na luta.

9 críticas:

Nadezhda disse...

Esses casos de dengue já estão virando uma vergonha.

O povo não aprende.
Mas é que parece tão difícil olhar se tem água parada. Parece que todo mundo tem coisa melhor pra fazer, mas quando começam a morrer, ficam desesperados.

Boa recuperação, e que essas pessoas, vítimas do descuido da população, possam ir em paz.

;)

Pollyanna disse...

A dengue aqui no Amazonas é como se fosse relação de "carne e unha"! Aqui isso é uma desgraça, você nem imagina. O problema é que o Rio sempre é mais alarmado em tudo; mas doenças, na violência.

Mas olha, cuide-se direitinho, isso nao é brincadeira! Quando eu tava lendo, ja disse "coitadooo, tá com dengue", aí depois tive certeza!
Bom, vamso tentar melhorar né? Que atire a primeira pedra quem nunca deixou agua parada. é assim mesmo.
Sinto muito pela sua amiga, assim como sinto por todas as pessoas que morreram por aqui.

Ficaa bem!

Râzi disse...

Rapaz... que coisa triste...

Esse mosquito é difícil de erradicar... vi uma matérica uqe fala que o ovo pode sobreviver até 2 anos, fora d'água...

Vamos torcer para que isso pare por aqui...

Beijão e melhoras!

Goiano disse...

Baby vc ta dengoso?
vc precisa de um colo!
ligue dja para um dos seus ex-affairs

bjos

Fláh disse...

Espero que se recupere bem viuu?

E deixemos o resto do cometario pra um caso a parte.

Bem voltei com blog,
me diz como te mand o codigo do seu lay, por email msmo? =]

Rafaela Abreu disse...

Aff, a Dengue...

Espero q fique bom rápido.

bjinho

Anônimo disse...

po.. ta doente ainda?
mil anos que vc nao aparece aqui, ta parecendo eu!
melhora e volta logo..

bjs^^

Anônimo disse...

ah, fiz uma imagem pro seu display, depois é só buscar lá!

Leo disse...

Você melhorou?! Maldita dengue!
Espero que esteja tudo bem! Tá há tanto tempo sumido..
bjs