Íntimo

domingo, 1 de junho de 2008
Artesanato de Antonio de Castro

Eu choro e não sei explicar
Até sei, mas o medo de me envergonhar
Me cala

O medo me faz chorar mais
Te vejo e o vento
Me cala

Eu só posso me abrir
Comigo mesmo, comigo
Sem amigos mais
Família anos atrás
Me fez de bobo
E eu tão solto, sozinho
Precisando de carinho
Felicidade é chorar

Se eu pudesse deixar
Lágrimas a rolar
Um sonho, um caminho
Eu, por dentro, explodindo - sons no vazio

Eu não posso mais tentar
Deixar de te amar é loucura
Tortura. Amargura.

Eu não sei o que sei
Mas sei que um dia vou morrer
Me ver outra vez longe de vocês
Se eu não quero mais seguir

Então eu fico por aqui
Eu assino e me calo assim
Eu desisto, viver não é para mim.


Retirado do meu caderno de poesias de 2003, em um dos muitos momentos alucinadoramente suicidas...

4 críticas:

Nadezhda disse...

Eu tinha uns poemas feitos, mas um dia peguei pra ler, não gostei e joguei tudo fora. Não devia ter feito isso, mas agora não tem mais jeito.

;)

Goiano disse...

nao entendo poesia

mas li o post abaixo
seu amigo het
ia falar o qeu sera?

Andréia Lino disse...

muito bom.

poesias, poemas sempre muito bom de se ler

bjoka

Rafaela Abreu disse...

Não conhecia o seu lado poeta... sensível e lindo!

E que bom que o conteúdo é de 2003 -rsrs-

Pra nós, só coisas boas!

Abraço