Vergonha

quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Artesanato de Antonio de Castro

Já tinha um tempo, coisa próxima a duas semanas, que eu não para e sentava para conversar com meu amigo hetero. Acho que ambos, eu e ele, estávamos sentindo falta, porque ontem de tarde ele me procurou e pediu para a gente ficar um pouco conversando.

Me falou de como anda o trabalho dele, as novidades. Falou da namorada. Pela primeira vez eu tive de fingir simpatia ao falar da namorada dele. Quem acompanha essa história do amigo hetero sabe que eu nunca tive problema algum com a menina, muito pelo contrário, gostava dela e torcia por eles.

Entretanto, justamente ontem, de manhã, eu cruzei com ela na faculdade. Ela estava saindo, eu chegando. Sabe quando você vê alguém a distância e já vai sorrindo até chegar nela, como que num cumprimento? Então, foi assim com a namorada dele. só que ela virou a cara, eu cumprimentei-a e ela fingiu não me ouvir. O que seria impossível.

Preferi não falar sobre o assunto com ele e ouvir calado as conversinhas sobre ela, sorrindo sempre, como se estivesse interessado no que aquela mal-educada estava fazendo. Não foi nada demais, mas acho que estou sensível essa semana.

Perguntou como as coisas andavam para mim. Gostei de conversar com ele. Respondi, sem entrar muito em detalhe, mesmo porque não tem acontecido muita coisa interessante comigo.

Depois fomos jantar juntos. Ele perguntou onde eu queria comer, eu escolhi o típico fast-food. Bob’s, muito a contra gosto. Ele disse: “você escolheu a comida, eu escolho o lugar”. E eu tive de comer aquela batata frita horrível.

Conversa vai, conversa vem, comecei a reparar o quanto ele era infantil. Olhava para toda e QUALQUER mulher na rua, de um jeito que talvez nem um menino de treze anos faria, sabe? Parando e olhando, virando não só o pescoço mas o corpo todo. Lastimável.

Fiquei com vergonha e com pena. Nem parecia que ele tinha 25 anos. Nem parecia que ele tinha uma namorada em casa. Na verdade, não parecia que em algum momento da vida ele já teria tido uma mulher. Daqueles que nunca viram uma boceta – me desculpem a palavra, mas me deixou cm tanta raiva e pena e vergonha...

Além disso, ele tinha me dito que iria me esperar para ir embora com ele, só que deu três horas antes da combinada e ele já estava se despedindo. Só que a despedida dele é tão gostosa. Daqueles abraços de irmão e beijo na cabeça, beijos repetidos, desses xxx...

Nem queria mais ir embora com ele, não para ficar ouvindo assuntos bobos sobre mulheres e sentindo vergonha por estar andando ao lado de um home de 25 anos que vira para olhar a bunda de QUALQUER mulher.

4 críticas:

Leo disse...

Kra... impressionante!
Passei por situações tão parecidas...
Nada que um bom distanciamento não faça! Você passa a olhar as coisas por outro ângulo...
Bem bobo ele mesmo... mas não muito menos bobo que a maioria dos héteros...
bjs

Râzi disse...

Putz, menino...

Pelo jeito vc está ficande desiludido com esse garoto... ou então toda essa frustração é justamente por gostar muito dele e querer que ele fosse alguém melhor...

Bom, das duas formas, não adianta vc se aporrinhar por isso!

Ah, linquei um blog que fala da comida Viva! Não precisa de centrífuga, não, comprei mais pro comodidade! Mas se der, na Casa & Vídeo do Shopping está vendendo uma da Faet por R$99,00, e ainda parcela em 10 vezes!


Beijão!

Nadezhda disse...

Atitude de meninos de 13 anos mesmo. Acho isso tão infantil. Sem contar que é constrangedor pra mulher isso.

E não entendi a atitude da namorada dela.

;)

FOXX disse...

kd ocê no msn q eu qro te conhecer menino
hehehehe


le.foxx@hotmail.com

se não me encontrar on, manda um e-mail com seu fone, ai a gente marca...