1 ano

quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Artesanato de Antonio de Castro

Eu amei. E passei por cada momento que devia passar. Daqueles momentos que só o amor nos guarda. Peças pregadas, agonias suportadas. Aquela vontade de falar o que se sente, mas a guarda levantada sempre.

Eu deixei de amar. Assim como uma chuva que passa sem avisar e deixa o chão de asfalto molhado. Mas tratei de secar. Demorou, eu sei. Mas que trabalho válido não é demorado?

Comecei meio confuso. Com o sentimento que se esvaía aos poucos para um lugar que eu nuca soube onde era. Sofri com o fim. Um fim tramado por mim mesmo, dentro do meu mais peculiar modo egoísta de ser.

Eu fui amado e não fui. Diversas vezes. De diferentes maneiras. Com diferentes pessoas.

Eu sofri. E como sofri. Meu Deus, houve época que só o que eu sabia falar era dos meus sofrimentos. Ao menos ouvia os consolos, as palavras amigas, sempre tentando ajudar. Me ajudar a superar aquela fase triste que parecia nunca ter fim.

Eu tentei ser diferente. Tentei ser como eu sempre quis. Mas vi que nem tudo é possível. Nem tudo o que eu desejo se alcança com esforço e trabalho árduo. Mas que eu tentei, sim, eu tentei e muito. Mas falhei.

Eu falhei. Ainda que tenha falhado querendo acertar, a falha foi uma realidade. Mas depois da falha surgia a correção. Sempre tentando se corrigir, corrigir os outros. Em busca do conserto.

Eu tive medo. A cada dia que meu segredo parecia menos secreto, eu tinha mais medo. E até hoje não sei o que temo. Eu tremia de tanto medo e sentia uma vontade tamanha de chorar. Era só uma variação do sofrimento.

Eu insisti. E continuo insistindo. Não me canso de procurar uma saída para a solidão. Ainda que acabe no “Eu sofri”. Eu procurei, eu encontrei, eu me decepcionei. E foram tantas vezes... Eu poderia ter ao menos aprendido.

Eu tive problemas e nem sempre soube solucioná-los. Isso é difícil. Mas sempre obtive respostas possíveis para todos os problemas que surgiam. Eles vinham aos montes e nunca esperavam que eu me preparasse. Simplesmente surgiam.

Eu reclamei da minha chefe. E nada de eu conseguir me livrar dela, ainda que eu esteja correndo atrás. Ela sempre esteve no meu caminho, atrapalhando meu crescimento, quando devia impulsioná-lo. Mas quais são os chefes perfeitos? (ps: Estou disponível para empregos)

Eu assisti a filmes e ouvi músicas. E adorei comentá-los aqui. Dividir um pouco do que acho que vale a pena. Deixar que saibam um pouco do que me constrói.

Eu enchi a cara e aproveitei cada momento que pude aproveitar. Uns até estava sóbrio. Bebi tanto que dormi e só acordei com beijos roubados.

Eu beijei. Nem todos os que eu quis. Mas os que beijei foram únicos. Foram inesquecíveis. Daqueles beijos que hão de ser lembrados para sempre. Beijos roubados, inesperados ou públicos. Tanto faz. Beijos guardados.

Eu mantive amigos e fiz uns outros. Reais ou virtuais. Nem sei mais dizer. Nem sei mais diferenciar. Quando a realidade se passa um pouco através do monitor, a palavra virtual perde um pouco o significado. Quando deixa de ser virtual.

Eu estudei. Mesmo que não tenha sido o suficiente. E tive que aprender com o meu erro a nunca mais estudar tão pouco. Sim, eu repeti em Cálculo I. E é a maior vergonha da minha vida.

Eu me apaixonei. Paixões rápidas e sem importâncias. Entretanto vividas até o caroço. E sofridas até a última lágrima que nunca rolou.

Eu comi o pão que o Diabo amassou. Eu assisti de camarote o amor da minha vida me largar. Eu vi suas mãos com outras mãos. Eu vi o anel de compromisso e acho que nunca vou ter coragem de tocar na palavra outra vez.

Eu vivi e dividi. Pela primeira vez na minha vida eu pude dividir tudo. Abrir a minha boca e desabafar um pouco do que me toma a concentração com o passar dos anos. Eu agradeço a todos os que me lêem e aos que também não lêem, mas comentam (que não são poucos), por terem sido parte da minha vida. Por terem tornado esse meu ano o melhor ano da minha vida. Por facilitarem as coisas para mim. As coisas que sempre foram tão difíceis.

Por 1 ano desde à abertura dessa oficina,

Obrigado.

8 críticas:

Leo disse...

Como diria o Robertão: "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!"
:P

Pollyanna disse...

Oii Pequeeenoo!! Voltei!
vai ser difiicl conseguir ler todos os posts antigos, mas cheguei num bom dia né??
Paraabeeens! que venham mais anos de muito desabafo!!

Daqui a pouco é a minha vezz... hhaha dia 18!!

beeeijos

Nadezhda disse...

Se não acompanhei o blog todo, uma boa parte sim.

E mesmo você sendo anônimo, deu para conhecer um pouco do que é. (Eu acho!).

;)

FOXX disse...

e que venham outros.

Rafaela Abreu disse...

Olha, você já disse tudo e eu achei lindo!
Espero que o virtual se converta cada vez mais num real existente em nossos mundos - porque suas palavras ultrapassam a tela do meu monitor e penetram me coração, sempre!
E, se me permite, que a sua oficina seja nossa também!

Você é lindo!

Giácomo disse...

nossa. to emocionado ok
abraço!

Paul disse...

Muito bom. Adoro a maneira como escreve, o jeito de se expressar!
Parabéns

K. disse...

cheguei há pco, mas gosto e volto, né?

então: parabéns!!! =D