Declaração

Decidi ligar para minha melhor amiga.

Um dia ela foi. Quando eu precisava. Isso é engraçado na nossa relação. Quando eu precisava dela, ela era minha amiga, me procurava, sempre perguntando como eu estava. Tenho certeza que ela me amava naquela época e a recíproca era verdadeira.

Hoje eu não preciso mais dela, como precisava. Mas toda vez que eu a procuro ela não está, ela não me responde na internet, não comenta meus recados, não me telefona, não sabe como estou, nem como anda meu trabalho, se minha mãe está doente, se minha irmã vai casar... nada.

Hoje eu não preciso mais dela, do jeito que precisava, mas ainda preciso. Preciso da presença dela, preciso do seu sorriso. Tão gostoso...

E decidi ligar para ela. Mais uma vez. Só para ouvir sua voz, mesmo que para isso seja necessário ver claramente o quanto nossa relação já se acabou. Eu não sei de quem é a culpa, não sei se ela é invejosa, como todos dizem para mim, do tipo que prefere amigos piores que ela, não para ajudar, mas para se sentir superior.

E isso é bem típico dela. Mas ainda assim eu a amo. Sempre a amarei. Talvez seja a pessoa que mais amo nesse mundo. A que quero mais bem. A que sou mais grato por tudo.

Isso aqui, esse post, é só para documentar esse amor. Que ainda que esteja escondido, ele existe. Mais forte do que nunca, só esperando que ela o aceite. De braços abertos ainda que eu tenha dito que os fecharia.

Acho que nunca vou poder fechá-los. É mais forte que eu.

Roberta, eu amo você.

Ouvindo: The Fear – Lily Allen