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Depois da festa trash da Maracangalha veio a glória da Banda de Ipanema. Fui com uma amiga, a amiga com quem passei o carnaval em 2008. Decidimos aproveitar ao máximo o pré-carnaval já que nosso destino de carnaval seria Espírito Santo.

Dessa vez me senti mais a vontade do que em todos os outros blocos do ano passado. Pulei mais, me acabei mais, bebi menos, conversei mais e flertei mais também. Conversei com três meninos na frente da minha amiga que não sabe nada sobre mim. Mais dois chagaram descaradamente passando a mão e arrancando boas risadas da gente.

Saldo: um menino lindo. Muito mais lindo que eu, muito mais lindo que qualquer menino que eu já fiquei. De outro mundo. Literalmente. Ele é de Santa Catarina, mora no Texas e está passando as férias aqui no Rio.

Ele arranjou a minha amiga com um amigo dele, bissexual, e eu e ele fomos dar uma andada. A banda já tinha parado. Era o momento em que as ruas ali perto da orla estavam cheias. As pizzarias lotadas de homossexuais se pegando, conversando, rindo.

E nós ficamos horas conversando. Quando vi já eram mais de dez da noite. A gente ficou. E foi tão bonitinho, sabe? Diferente de tudo até hoje. Quase normal, não fosse por ser num bloco de carnaval.

Ele levou a mim e a minha amiga à estação de metrô, trocamos telefone e hoje ele me ligou duas vezes. Quase morri quando percebi que tinha perdido a primeira ligação, mas dez minutos depois ele insistiu.

Queria marcar alguma coisa, queria me reencontrar. Decidimos pelo Monobloco. Eu e ele, duas prostitutas do samba e da marchinha. Sexta-feira, na Fundição. Mas essa minha língua é maior que a boca e decidi comentar com um amigo que iria na Fundição sexta-feira. De repente todo mundo decidiu que vai também... mas depois eu penso nisso.

Ele ficou de me ligar todos os dias até sexta. Esperamos.

Domingo foi feijoada em Niterói. Um saco. Aniversário de família, uma menina lá do trabalho com quem já quis ficar algumas vezes e que acho que estou frustrado até hoje por não ter ficado. E ela é sobrinha do meu chefe escroto, que é obvio, também estava lá.

Eu estava de ressaca. Aturando o meu chefe. Comendo feijão. Escutando um amigo nosso em comum falando o quanto queria comer essa menina (aniversariante). Foi um saco.

Voltando de barca, um fato estranho. Um homem me abordou no banheiro, de um jeito estranho, falando sobre ajuda para balançar o piru... fiquei com nojo, fiquei com medo e mais enjoado do que já estava com toda a cachaça que revirava no estômago com o balançar da barca.

Ouvindo: Primavera - Monobloco