Inferno Astral

quinta-feira, 23 de julho de 2009
Artesanato de Antonio de Castro

Quando chega o meio do ano e se aproxima meu aniversário e chega o frio do inverno e as chuvas que deprimem... quando essa época chega eu realmente deprimo. Já percebo isso há alguns anos.

O primeiro ano que notei essa constante foi o ano que me apaixonei pelo menino do segundo grau. Naquele ano lembrei do ano anterior quando sofri para dar meu primeiro beijo na boca, e do ano antes quando sofria brigado com todos os meus amigos de ginásio. Era o bastante na época para eu culpar o inverno por meus problemas emocionais.

Um ano se passou e foi justamente nessa época que voltei a ter problemas. Foi quando nos beijamos, foi quando ele me esnobou depois, foi quando eu virei motivo de piada. No terceiro ano apaixonado por ele, surgiu a namorada. Justamente nessa época. E meu pai desapareceu.

Não preciso de mais nada par mostrar que essa época nunca me traz boas lembranças, ainda que eu goste do clima frio que paira no ar.

Esse ano não foi diferente. Eu me senti abandonado, me senti sozinho, deixei de ver graça na vida de noitadas, quis repensar minha vida, quis um amor e o que encontrei foi solidão. Eu sofri, eu chorei, eu fui largado por amigos. Eu me senti perdido como há muito tempo não me sentia.

E foi aí que descobri o inferno astral. Esse período, o que antecede meu signo todos os anos, justamente quando o clima muda e o inverno mostra suas garras, quando mais chove, quando mais faz frio, esse é o meu inferno astral.

Eu queria ser cético, eu queria não acreditar nessas coisas, mas faz todo sentido. É impossível não crer quando se há um histórico evidenciado antes mesmo da teoria!

Hoje é o primeiro dia depois do fim do meu inferno astral. Não sei por qual motivo, mas achei que no fim do período as coisas já iam melhorando, como se fossem perdendo as forças as energias negativas que pairavam sobre mim.

Ontem, no meu último dia, me sentia tão bem. O dia estava bom, um frio ensolarado, meu clima favorito. Eu sorri e sem querer bati meu braço numa grade no metrô. Olhei as horas e vi meu relógio quebrado. Era melhor não comemorar o fim com antecedência.

Mas acabou. E como a esperança é a última a morrer, agora, antes de sair de casa, espero que o dia seja bom. Tenho uma prova decisiva na faculdade, tenho um encontro no almoço com uma pessoa aparentemente interessante do chat, e estou com uma espinha resistente no nariz.

Pelo menos o inferno astral acabou no calendário!

Ouvindo: Missing You – Black Eyed Peas

3 críticas:

FOXX disse...

o sol entrou em leão!!!

Arsênico disse...

Sou cético em relação a astrologia... acredito que quando a pessouã é azarada... o azar vem em qualquer época... tipo EU assim...

Mas pra sua melhora... continue acreditando...

***

umBeijo!

Fabiano (LicoSp) disse...

torcendo para o ciclo ter chego ao fim...

E aproveite os mals momentos para poder tirar proveito dele, sempre tem algo a nos ensinar.

bjs do lico