The Week/Weakness

sábado, 4 de julho de 2009
Artesanato de Antonio de Castro

A temporada não está esgotada. Eu posso estar sem um tostão furado no bolso, mas lá estou eu! Principalmente quando a letras V I P aparecem em um convite.

Era pra ser mais uma sexta-feira normal, acorda, vai pro trabalho, agüenta a chatice de ficar lá fazendo nada... até a hora do almoço. Uma menina que conheci há uns seis meses atrás (senão mais) me liga, dizendo que tem convites pra uma festa na The Week.

Na mesma hora aceitei, sem saber quanto era, o que seria, nada. A palavra The Week ganhou uma força na minha vida! Mesmo não tendo dinheiro pra passar a semana, eu topei, achar dinheiro para ir seria outro problema, para amigos!

Saí mais cedo e arranjei alguém na minha lista telefônica que me bancaria. Achado meu fundo monetário foi a hora de organizar as coisas. De repente percebi que eu to mais uma vez sem roupa de sair. Peguei a menos velha e fui.

Cheguei lá, encontrei as meninas, e entrei. Na fila já comecei a reparar que a noite era bem hetero. Muitos homenzinhos playboys, muitas menininhas arrumadinhas. Muito cigarro de baile e muita vodka com Red Bull.

Entrei e esperei as meninas que estavam comigo entrarem. Eis que, quando elas entram, elas trazem a pulseirinha, aquela tira verde fluorescente e me envolvem o pulso. A caminho da área VIP, minha amiga não desgrudava do telefone procurando os peguetes, a prima dela achando tudo muito chato e eu no meio de um monte de hetero sedentos por carne fresca. Era o psedomundo Gossip Gril.

Achamos os amigos da minha amiga na área VIP. Gente de dinheiro, gente que não trabalha, que os pais bancam noitadas de 500 reais. Gente que é dona de combos com Absolut e Red Bull. Gente que bebe Skol Beats como se fosse água. E eu no meio daquele mundo, com o dinheiro da passagem contado para ir embora e para trabalhar durante a semana, até receber.

E eu liguei? Não. Eu fui bancado! Bebi como nunca bebi, dancei como nunca dancei, as músicas estavam ótimas, as pessoas super animadas e bonitas, o cheiro de burguesia exalava no ambiente. E eu me senti um burguês por um minuto. Um burguês mais que deslocado, sozinho e sem interesse em nenhuma garota. Um burguês que não teria chances com os garotos.

O bar era nosso segundo ponto, o barman era nosso amigo e virou mais amigo ainda quando ele decidiu falar que era como Renato Russo, gostava de meninos e meninas!

Pronto. Eu bêbado, simpático, me achando lindo e gostoso não saí mais do balcão. Ele deixou de atender a todos da área VIP e eu fiquei mais VIP ainda pra ele. Ficamos horas conversando, rindo e ele adorava piscar pra mim. Eu não sabia se era álcool ou se ele me queria.

Foda-se que minha amiga não sabe que eu sou gay, foda-se que ela conhece um monte de gente que não pode saber. Foda-se que eu to gordo e nem tão bem vestido. Ele era o barman!

- O que eu preciso fazer pra ter você?

Ele riu e disse que eu era muito novinho. Eu disse a ele que já não era crime. Ele disse que eu era muito baixo. Eu disse que na horizontal era tudo igual. Já antecipei que não pegava bem ele dizer que eu era muito gordo. Afinal, eu era o burguês e ele o barman. Ele riu mais ainda.

Eu pedi uma tequila. Ele me deu. Eu saí pra dançar, ele segurou meu braço. Naquela hora eu quase subi no balcão, tamanha minha loucura. Ele indicou o banheiro e eu pensei nos meus princípios.

Foda-se os meus princípios.

Ele saiu pela porta dos fundos e eu fui pro banheiro, aos trancos e barrancos. Quando cheguei lá ele já estava, dentro de uma cabine, com a porta aberta, mandando eu entrar. Todas as pessoas pareciam estar vendo aquela situação. Foda-se isso também.

Entrei, ele trancou a porta e me pegou, de um jeito que ninguém nunca havia me pegado. Ficamos ali uns quinze minutos, se é que foi tudo isso. Quando a coisa parecia estar acabada, me arrumei e saí cumprimentando a todos no caminho de volta para minha amiga.

Meu celular coçando pra ligar mais uma vez, meu celular coçando para mandar SMSs, meu celular. Meus olhos coçando pra chorar. Coisas de bêbado. Eu quis ir embora, catamos minha amiga, eu e a prima dela, e fomos embora. E a sensação de coceira parece não passar nunca!

Ouvindo: With or without you – U2

5 críticas:

A.M.B disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
A.M.B disse...

menino q noite!

e eu no meio de tudo qse morrendo do coracao de meia em meia hora!

hahahahhahhaha

mas valeu a festa. eeeei pq vc nao vem pra cá qquer hora dessas? $$$ isnt a problem baby! mostrar pra ti como se faz festa aqui no sul! auhauhauhuahuahuah

abraacaoooooo e bom finde!

FOXX disse...

nossa
q noite
só não entendi esse final
telefone???

Luis disse...

cuidado que coceira assim pode ser micose...XD

cara, se em dia gay a tw é cheia de gente fazendo carão, imagina em noite ht! foi sorte vc achar um bartender gay...

Fabiano (LicoSp) disse...

Nao curto muito a The Week nao, me lembra a Pacha e ouotras baladas cheia de mauricinhos metidos... cheio de musculosos...

mas nao posso negar q tem muita gente bonita.

Fez bem aproveitou bem... e realmente foda-se os principios, o importante eh curtir.

bjs do Lico